Histórico
Município localizado no Meio Oeste de Santa Catarina, pertencente a microrregião da AMAUC. (Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense)
Limites:
Norte com Presidente Castelo Branco/Concórdia.
Leste com Ouro/Capinzal.
Sul com Piratuba.
Oeste com Peritiba- Concórdia – Alto Bela Vista.
Extensão 153 Km quadrados.
Possui 4.752 habitantes, sendo que 2.521 vivem na zona urbana e 2.331 vivem na zona rural, possuindo 1.880 domicílios. Para podermos compreender como este município foi se desenvolvendo, é imprescindível que se faça uma retrospectiva histórica pontuando fatos que foram mais relevantes nesta construção.
IPIRA, foi o nome escolhido para este local, isso ocorreu no ano de 1925, sendo sua origem do tupi-guarani que significa: I – água e PYRA – peixe.
A colonização de Ipira é uma das mais antigas do Vale do Rio do Peixe e foi marcada com a vinda de colonos de vários lugares do RS. Pesquisas realizadas constatam que no ano de 1890, chegaram a Esteves Júnior, interior de Ipira, colonos de origem cabocla vindos de São Borja e Vacaria – RS. Em 1909 chegam mais colonos vindos de Montenegro – RS, Manoel de Oliveira instalou-se às margens do Rio Peixe, hoje Linha Oliveira. Joaquim Pinto Matheus fez residência em linha dos Pintos, o qual também deu origem ao nome da localidade. Antunes de Sá instalou-se na cabeceira do Arroio Capela, hoje Capelinha. A região, a partir de então, denominou-se “Colônia do Rio do Peixe”. As dificuldades no início eram enormes, principalmente para o abastecimento de mercadorias que eram adquiridas em Passo Fundo – RS, resultando em 15 dias de viagem a cavalo.
A sede de Ipira teve como pioneiro Antônio Ko Freitag que, em 1913, adquiriu uma gleba (terras cultiváveis) da companhia de Estradas de Ferro – São Paulo/RS.
Estas terras foram vendidas aos colonos que chegaram de Montenegro, RS, fundando assim a “Colônia Rio do Peixe”. Entre 1915 e 1917, chegaram aqui, vindos de RS outras famílias.
No ano de 1924, Ipira passou a ser Distrito, pertencendo então ao município de Cruzeiro, hoje Joaçaba. Dez anos mais tarde, 1934, o Distrito passou a pertencer a Concórdia e em 1938 passou a pertencer a Campos Novos. Não bastando estas mudanças no ano de 1949, Ipira passou por outra mudança, desta vez pertencendo a Piratuba.
Em 1962, no município vizinho de Peritiba, aconteciam transformações, queriam sua emancipação política, cogitavam de que Ipira passaria a pertencer a Peritiba. Alguns ipirenses indignados, reuniram-se organizando um movimento para que Ipira também se tornasse um município.
O movimento aconteceu em 14 de junho de 1963, por meio da lei estadual nº 888. Assim, estava criado o município de Ipira.
Sua instalação aconteceu no dia 15/08/1963, assumindo o município, por nomeação do governador Celso Ramos, como prefeito provisório o sr. Hugo Arthur Roesler e no mês de outubro do mesmo ano aconteceram eleições.
1964 a 1967 – Prefeito Sr. Otávio Matzenbacher
1967 a 1968 – Prefeito Sr. Bruno Knebel
1969 a 1973 – Prefeito eleito Sr. Hugo Arthur Roesler.
1973 a1977 – Prefeito Sr. Wando Alcido Korb.
1977 a 1982 – Prefeito Sr. Fioravante Kaster.
1983 a 1988 – Prefeito Sr. Alfredo Anibaldo Riffel. (Mandato de 06 anos).
1989 a 1992 – Prefeito Sr. Fioravante Kaster.
1993 a 1996 – Prefeito Vilmar Comasseto.
1997 a 2000 – Prefeito Sr. Valdir Antônio Griebeler.
2001 a 2004 – Prefeito Sr Roque de Simas.
2005 a 2008 – Prefeito Sr. Francisco Maximino Machado de Aguiar.
2009 a 2012 – Prefeito Sr. Francisco Maximino Machado de Aguiar.
2013 a 2016- Prefeito Sr. Emerson Ari Reichert
2017 a 2020- Prefeito Sr. Emerson Ari Reichert
Hoje (2021), em seu primeiro mandato, a Administração Municipal de Ipira é composta pelo Prefeito Sr. Marcelo Baldissera e o Vice-Prefeito Sr. Clítor João Knebel.
A Câmara Municipal de Vereadores é composta por: Genésio Stockmann, Janete da Motta, Orlei Ostjen, Rogério Anestor Spohr, Leandro Förster, Dete Schwingel, Arlete Huf, Isabel H Koch e Professora Ozaide Linhares.
O processo econômico ontem/hoje foi e esta sendo desenvolvido por diferentes atividades, sendo no início a agricultura de subsistência. Aos poucos a produção de grãos como o milho e feijão foi aumentando, explorando juntamente outras culturas como: citricultura, uva, erva mate…
No setor pecuário destaca-se a avicultura e a suinocultura, sendo que muitos agricultores apostam na bovinocultura do leite, melhorando assim a renda familiar. É importante ressaltarmos que aos produtos coloniais dos agricultores ipirenses tem um local adequado para as vendas, a Casa Colonial.
Ipira conta com 19 comunidades, cada qual contribuindo para que Ipira se desenvolva cada vez melhor. Cada comunidade buscar preservar suas tradições e sua cultura mantendo suas festas típicas e que fazem com que as pessoas se unam e busquem valorizar o que faz parte da história de Ipira.
No aspecto socioeconômico, Ipira teve, inicialmente, na agricultura de subsistência o meio de sobrevivência, aos poucos foram aperfeiçoando a agricultura e desenvolveram a pecuária, pois existia o frigorífico Freitag, Assmann e Cia Ltda.
Assim, além dos conhecimentos e costumes, junto vieram as tradições culturais, que até são cultivadas, tornando o legado de Ipira de fundamental importância para gerações de hoje, bem como, as do futuro.
EMPREENDEDORISMO
Cenário empreendedor do município
Com sua economia baseada na produção agrícola, Ipira destaca-se na criação de aves e suínos, como também na produção de milho e gado leiteiro. Destaca-se ainda neste ramo a Casa Colonial, administrada pelos próprios agricultores, através da Associação (CPAMI) responsável pela comercialização de vários produtos coloniais como ovos, linguiça, açúcar mascavo, leite, bolachas, erva-mate e pães.
HISTÓRIA DA USINA DA CASCATA
É muito interessante conhecermos alguns dados sobre como aconteceu o funcionamento da Usina da Cascata.
Próximo ao local da Cascata na década de 20 existiu uma serraria de propriedade do Sr. João Baptista Riffel, movida por roda d´ água, pois não existia energia elétrica em Ipira e Piratuba.
Foi então que na década de 40 foi construída uma usina particular de propriedade do Sr. Leopoldo Ko Freitag. Esta usina foi construída na Cascata aproveitando as quedas d´água, fornecendo energia para algumas famílias de Ipira/Piratuba.
Em tempos de seca a água ficava escassa e a usina parava, faltando a tão preciosa energia. Construíram então um loco móvel (máquina a vapor), era movida pelo fogo produzido pela queima de lenha. Foi toda construída de ferro.
No decorrer dos anos foi necessário ampliar, construir uma segunda usina, com mais capacidade, contemplando um número maior de moradores.
As indústrias foram surgindo, o consumo aumentando, foi então que se uniram, Governo Estadual e moradores de Ipira, estes compraram ações, surgindo assim a Usina Santa Cruz, no Município de Capinzal, fornecendo energia elétrica para a região.
O povo ipirense aposta no engrandecimento de sua terra, sonhando, acreditando, investindo, o que vai enriquecendo cada vez mais o legado histórico e como nos coloca o Hino de Ipira:
Todas as terras do Brasil são belas, muitas lindas cidades já vi, a mais linda de todas elas é a terra onde nasci.