Município de Ipira cria Lei que institui Semana Mundial de Combate a Violência contra Mulher

O CRAS de Ipira com o objetivo de proporcionar um momento de descontração, mas também de troca de informações, realizou no dia 08.10, uma palestra abordando temas relacionados à Autoestima, Saúde, Sexualidade e Violência contra a Mulher para as famílias do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF e a comunidade em geral. O evento que aconteceu junto ao Espaço Cultural foi proporcionado em virtude de o Município de Ipira, ter criado no dia 16 de Novembro de 2017, a lei complementar nº 160 que institui a Semana Municipal de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, pois como é de conhecimento, infelizmente em Santa Catarina os nove primeiros meses do ano terminaram com um dado alarmante de violência contra a Mulher: foram 18.292 casos de agressões de janeiro a setembro. Na média, são 67 casos por dia, entre estupros, tentativas de estupro, lesões corporais dolosas, tentativa de homicídio e feminicídios. Esses são dados que refletem uma sociedade doente, onde a violência fala mais alto, chegando ao ponto de que é preciso repensar sobre nossas relações sociais, para que situações como essas sejam banidas de uma vez por todas da sociedade.

E para que as mulheres tenham cada vez mais conhecimentos sobre seus direitos, primeiro como o sexo frágil e principalmente como seres humanos que merecem mais do que nunca serem respeitadas, a palestrante Ângela Patricia Barcelos, Assistente Social, Terapeuta Assistemica, Coach, Consteladora Familiar deu um show de informações, falando dos verdadeiros valores dentro de uma família que devem ser preservados para que haja respeito. Bem como a mulher precisa ter autoestima elevada, deve tomar decisões, buscar apoio profissional.

Ângela lembrou as mulheres que qualquer tipo de violência deve ser denunciada, seja ela física, psicológica ou de qualquer outro gênero e para isso, a Secretaria de Direitos Humanos conta com o serviço do Disque 180 para acolher denúncias. Trata-se de um serviço gratuito, que funciona 24 horas por dia, além da identidade de quem denuncia ser preservada.

Na oportunidade ainda, foi realizado o sorteio de alguns trabalhos que foram confeccionados com as mulheres nas comunidades de Santana, Boa Esperança, Putinga, Filadélfia e no CRAS, sob a Coordenação das Assistentes Sociais, Mildred Cristina Feiten e Fernanda Koch e da Psicóloga, Isabel Antunes, onde elas puderam expressar através de desenhos em bolsas o significado que a criação dessa Lei tão importante para a classe feminina tem em suas vidas e o reflexo perante a sociedade. Ao final, as mulheres foram agraciadas com oficinas de artesanato, auto maquiagem e manicure.