Ipira e Angola num intercâmbio de saberes
Muito mais do que oferecer livros, cadernos, lápis, borracha e todo o material que com certeza é necessário para desenvolver o aprendizado de um aluno, é preciso transmitir qual é o verdadeiro significado das coisas para que ele entenda desde cedo o real valor da vida. Ampliar horizontes e buscar diferentes métodos de aprendizagem torna-se hoje fundamental em nosso cotidiano. Partindo desses princípios, a Educação Ipirense busca sempre oferecer um diferencial e para isso foi além do aprendizado repassado em salas de aula. Ela buscou oportunizar aos alunos um conhecimento que aliasse a teoria à prática. Foi de uma simples conversa com Adriana Kaster, natural de Ipira, residente hoje no país da Angola que surge a ideia de desenvolver um Projeto “Ipira e Angola juntos pela Educação – Um intercâmbio de saberes”.
Após relatos de Adriana sobre a comunidade onde ela atuou como voluntária surgiu a ideia de abordar os diferentes tipos de cultura dentro do contexto escolar por sabermos o quão diferente somos, em cor, raça, crenças religiosas e até mesmo os modos como nos relacionamos, isso fez com que as professoras Michelly Kaster, Ozaide Linhares, Rejane Starck, Adreane Starck e Cleusa Reichert, da Escola Hedi Klein Matzenbacher de Ipira começassem buscar alternativas e desenvolver métodos que fossem mais eficazes para que o projeto colocado em prática surtisse resultados positivos.
Elas enfatizaram que isso despertou a sensibilidade e a vontade de conhecer e contribuir com a comunidade, tornando a vida daquelas crianças um pouco mais colorida e mesmo que por pequenos momentos, trouxesse um pouco mais de alegria.
Para que universos diferentes se difundissem, na perspectiva de construir uma nova forma de ver o mundo na sua diversidade, compartilhando vivências, saberes e aprendizagens, sempre respeitando as particularidades de suas expressões culturais, preservando valores primordiais como o respeito, a tolerância, a ética e a cidadania. Foram realizadas algumas atividades, como por exemplo, pesquisa sobre os costumes e culturas existentes na África; fotos e outros materiais de mídia sobre o tema, produção (trocas) de desenhos, e cartas com a escola Angolana, arrecadação de alguns materiais como lápis de cor e de escrever, borracha, canetas; livros de histórias infantis, rodas musicais (ludicidade) e brincadeiras folclóricas brasileiras.
Essas atividades ampliaram os limites da escola, o horizonte dos alunos para novas realidades, tornando-os cidadãos conhecedores de outras vivências, valorizando assim a cultura na qual estão inseridos, interação entre escolas (Brasil/Angola), possibilitando a construção da valorização e do respeito as diferentes culturas existentes no mundo.